terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Os discursos

Não poderia deixar de agradecer à linda mensagem que nossa Dinda nos deixou do dia da Colação! Ela colocou no blog do Curso e vou reproduzir aqui para vocês juntamente com meu discurso, também feito com muito carinho para todos os amigos que fizemos na Universidade!! 


À todos, o meu muito obrigada!


Ana Lucia, obrigada por tudo, mesmo, das risadas aos puxões de orelha, aprendi muito contigo e isso não tem preço! E prometo que se eu fizer mais algum achado de moda tu continuará sendo a 1ª a saber!!!!




SEXTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2012
Fonte: http://artesulbra.blogspot.com/2012/01/mensagem-da-paraninfa-turma-de.html


Mensagem da Paraninfa à turma de Formandos em Artes Visuais 2011/2
Boa noite senhoras e senhores, estimados afilhados e demais formandos,

Wim Wenders, que é um grande cineasta e artista plástico alemão, e um maravilhoso contador de histórias, em um de seus depoimentos no filme Janela da Alma, fala sobre a importância das histórias para o ser humano. Nesta fala ele lembra que o contar e ouvir histórias é uma das mais básicas necessidades do ser humano, não importa a idade. As histórias nos confortam, diz ele. As histórias elaboram significados. Nos aquecem. Para nós, afinal, não basta viver. Precisamos significar nosso viver. Não importa, portanto, se a história é a História oficial ou se é estória. Se está inscrita em livros ou na paisagem ao nosso redor. Se está descrita em palavras ou inscrita em imagens. Em qualquer forma, tempo e lugar, continuam sendo necessárias.

As histórias são o pão de cada dia do espírito.
No universo da criação, criar histórias é achar desenhos para os desejos, é inventar palavras para os sonhos.
Não, meus afilhados, não lhes darei hoje conselhos. Apenas lhes desejarei.
Lhes desejarei que pela vida afora, na sala de aula ou fora dela, saibam sempre valorizar e incentivar as histórias. Que vocês possam, no seu exercício de professores, contribuir para que cada um saiba contar suas próprias histórias. Que possam contribuir para que cada um seja o escritor e ilustrador do livro de sua vida.
Além disso, só e que posso desejar é que as histórias gravadas na memória de cada um possam contar:




[Como] receber a vida de braços abertos
[Confiar que o destino também saberá escolher por nós]
[que devemos] Olhar para os lados de vez em quando
[Como] olhar as estrelas sem perder o equilíbrio
[e] Andar na corda bamba entre desejos e medos
[A arte de] Encher os pulmões de coragem e as asas de persistência
[e a] Não esmorecer nem perder as forças por mais longa que seja a estrada
[Da necessidade de] recolher-se de vez em quando em si mesmo
[e] Inclinar-se e pedir ajuda sempre que necessário
[que mesmo os presentes da vida precisam ser editados]
Voltar-se ao próprio coração
[Ah e] festejar a liberdade
Festejar a liberdade!




Boa noite, meus queridos, feliz jornada!




PS: Esta mensagem foi inspirada em uma série de 11 xilogravuras de W. Cavalcante, mais conhecido como Cava, gravador gaúcho, professor no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Cada um dos formandos ganhou uma destas xilogravuras de presente.






Boa noite a todos.
Quando recebi a doce tarefa de ser oradora da turma, não fazia ideia de como escrever este discurso, só sabia que tinha o dever de fazer todo mundo chorar nesta noite, certo Magda?
Algumas semanas atrás quando comentei com uma amiga que estaria me formando professora de artes me deparei com seguinte comentário: - Nossa!! Tem que gostar muito de dar aula para ser professor hoje em dia, ainda mais de artes!  Pensei muito sobre o comentário e conclui que ela estava certa. Realmente nós temos que gostar muito de ser o que acabamos de nos tornar: Professores de Artes. É assim em qualquer profissão. Eu jamais poderia ser médica, por exemplo, porque só de imaginar sangue sinto arrepios...
Em verdade, é que mais do que gostar de exercer uma profissão, é preciso se apaixonar por ela, como ocorre em qualquer relação de paixão que a gente tem na vida.
Resolvi escrever este texto, não somente sobre a nossa formação acadêmica e sim sobre a Paixão, o que creio eu, todos aqui presentes já viveram ou ainda viverão uma.
No nosso caso, formandos, mais precisamente, a paixão que temos pela Arte.
Ensinar Arte talvez não seja algo tão fácil, mas falar com ela e sobre ela é tão gostoso...
Apaixonei-me pela Arte desde o meu primeiro caderno de desenho, onde eu registrava os mais variados formatos que a copa das arvores faziam no céu e as roupas que eu criava para minha Barbie. Essa paixão aconteceu para mim, como ocorreu para todos nós formandos e professores de Artes aqui presentes, em algum momento de nossas vidas. Foi tão forte, que nunca mais nós conseguimos nos separar dela. Inclusive esse é um dos diferenciais da Arte: Quando ela te conquista, meu amigo já era... Você é mais um louco apaixonado, como nós.
Não pensem que esta é uma relação tranquila, não, porque às vezes a gente discute com ela. A arte é provocativa. Nos leva a outros mundos, épocas, culturas e te instiga à pensar.
A paixão é um sentimento avassalador que nos move, nos empurra, nos arrasta e foi a paixão por ela, pela Arte, que nos trouxe até aqui nesta noite.
Nós, formandos de artes, passamos por um processo de encantamento mais intenso, pois durante longos anos, respirávamos o nome dela. Nós vivemos um turbilhão de informações, através de imagens, textos, encontros, desencontros e inúmeras situações que nos fizeram rir e chorar aqui na ULBRA.
Como acontece quando a gente tá apaixonado, precisamos contar com alguém para nos ajudar a ver as coisas mais claramente. Nisso tudo, nós nunca estivemos sós. Fizemos amigos que sempre estiveram presentes, nos ajudaram e nos apoiaram para saber como lidar com essa paixão. Entre estes amigos estão nossos professores, que nos ensinaram como a vida pode ser ainda mais bela com a Arte. Eles foram como confidentes dessa relação que se construía. Nos deram conselhos, puxões de orelha e muito colo quando a situação era mais crítica. Mais do que isso, aprendemos com a Ana que é preciso ser apaixonado pela PALAVRA para fazer dela uma obra de Arte Aprendemos que a história de uma vida pode ser lindamente contada através de PEDRAS E CORDÕES como fez Jurema. Que sementes podem não ser só SEMENTES - experimenta desenhar uma sementinha nos seus mínimos detalhes num tamanho maior que o real...Vocês não acreditam no que pode surgir de algo tão pequeno... Fora descobrir que o cascudinho que servia de modelo não tava morto... Desenho de observação com o Renato. Aprendemos que a ESCULTURA ta dentro da pedra, do jeitinho que ela é e não como nós queremos que ela seja. Como diria o Nico, a gente só tem que deixar ela se revelar no tempo certo. Aliás, esperar, ter PACIÊNCIA, essa com certeza foi a maior descoberta, principalmente para mim e para Andréia o Celso que o diga....
Vamos sentir muitas saudades de todos.

Falando em saudade, coisa típica da paixão, não há como não lembrar de tantos momentos vividos e das gargalhadas compartilhadas entre nós. Sentiremos saudades dessa rotina, por mais incrível que pareça, porque junto com a paixão pela arte, amizades sinceras nós fizemos aqui na Universidade. Criamos um círculo de amizade e companheirismo, entre os formandos, muitas vezes difícil de acontecer, porque nem sempre as disciplinas coincidem e nós não conseguimos conhecer todo mundo. Aqui, não to falando só do Curso de Artes, estou incluindo os colegas dos cursos de Geografia e História também. Porque a paixão une as pessoas. Imaginem que a Karina, a nossa Kaka, é vizinha da Letícia da Geo, se criaram juntas, estudaram juntas, foram separadas na 8ª série e estão aqui hoje dividindo a mesma emoção com todos nós.

Isso prova que às vezes a distancia é necessária, mas não é permanente.

Não tem como não sentir o coração apertado por saber que não vamos mais nos encontrar nos intervalos para enfrentar a fila kilométrica do cafezinho da máquina de um real ou se reunir para comer a batata frita gigantesca daqui do Prédio 1.

Particularmente, sei que a Andréia e eu vamos sentir muita saudade do meio cachorro-quente e meio refrigerante que a gente dividia nos intervalos, entre um papo e outro sobre moda e Arte. Se bem que agora que eu aprendi o caminho da tua casa, minha amiga... Vamos cansar de fazer o percurso entre Viamão e Cachoeirinha! 

E por falar em percurso, ninguém rodou mais para vir para ULBRA que a Priscila e a Dóris. A Pri é de Santa Cruz e a Dóris de Mariluz. As duas enfrentaram cada uma mais de 240 km por dia para poder estudar aqui em Canoas e mesmo assim sempre estavam com um lindo sorriso no rosto. Vai me dizer que isso não é paixão?

A Fe jamais apareceu na ULBRA sem estar impecavelmente bem arrumada, virando a nossa musa fashion. Teve sua inspiração dobrada para continuar o Curso, quando concebeu em 2008, sua maior obra de Arte: o Vicente.

Aliás, aprendi com estas garotas que ser mãe é realmente uma dádiva.

Não há como não admirar o amor da Magda pela sua estrelinha: Paola. Vi ela fazer tantos trabalhos lindos se inspirando na sua filhota, dignos de uma pessoa que apaixonada pela família, consegue traduzir amor em Arte.

Outro grande exemplo para mim, do que é ser apaixonado pela Arte é o Marcelo.
É, aquele “menino maluquinho” que não para quieto um minuto... É tão grande o fascínio com que ele fala e descreve cada diferente trabalho em gravura, que contagia a gente. Ele adora o que faz. Tenho certeza que o mestre dos carretéis ficaria muito orgulhoso de ti, hoje.

Orgulho também é a palavra que definiu a Glória, a nossa “Raito de Sol”. A Priscila, filha dela, também tá estudando aqui na ULBRA e isso foi um motivo extra para esta pessoinha ser ainda mais de bem com a vida do que é.

Não tem como esquecer os desenhos compartilhados feitos com o Rodrigo e os macetes sobre mangá e HQ que ele sempre me dava no meio das disciplinas de história da arte... quer dizer não no meio da aula, viu profs, não é que a gente não prestasse atenção, que isso fique bem claro?!

Parece que foi ontem que vi a Gil dançando na disciplina de Desenho da Figura Humana, me ensinando caras e bocas e dando um verdadeiro show de performance.

Apaixonados pela Arte, nós aprendemos juntos, uns com os outros, como administrar essa paixão aqui na vida real, onde muitas vezes as pessoas com quem convivemos não compreendiam o porquê dessa nossa apaixonite. Como se a Arte, pelo qual nos apaixonamos, fosse, até então, algo sempre paralelo a nossa vida lá fora, com os amigos e a família. Só que agora algo mudou. É como se ela finalmente tivesse se tornando o fio condutor da nossa vida.

A arte de registrar um instante com a fotografia e um movimento rítmico com apenas lápis e papel, ou ainda a arte de se esculpir, costurar, criar e a paixão que sentimos por descobrir tudo isso, agora se tornou a Arte de ensinar.

Com esse mesmo entusiasmo nós vamos falar sobre essa paixão para nossos alunos.  Acreditando que esse romance com a Arte também possa virar parte da vida deles como é da nossa.

E o que a gente pode deixar aqui para vocês é o mesmo convite que faremos à eles:
Experimentem Arte!
E se pelo menos um de vocês sair daqui com vontade de se apaixonar por ela como nós nos apaixonamos... bem, então saberemos que todo nosso esforço realmente valeu à pena!!!

Obrigada!


Bjs no coração de todos!!!

A escola que desenha: reflexões sobre aprender e ensinar - Gabriela Rodrigues

Fui agraciada pelos meus professores com a publicação do meu tc (trabalho de curso) no blog do curso de licenciatura em Artes Visuais da ULBRA.

É com muita alegria que divido com vocês esta incrível experiência do desenhar e ensinar na sala de aula.

SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2012


A escola que desenha: reflexões sobre aprender e ensinar - Gabriela Rodrigues


Desenho do artista David Hockney, artista incluido no trabalho da Gabriela. 


O presente Trabalho de Curso reúne a trajetória dos meus Estágios Curriculares Obrigatórios em Artes Visuais, I, II, III e IV, apresentando a Pesquisa realizada que teve como tema central "o uso do desenho dentro da sala de aula". O tema escolhido contempla a necessidade dos alunos em retomar a prática de desenhar, mostrando que todos podemos fazê-lo, desmistificando a idéia de "dom" nas aulas de Artes. Seu objetivo foi apresentar aos alunos a importância desta disciplina no ambiente escolar, propondo o estudo do desenho como tema norteador. Ainda na pesquisa são apresentados os artistas: David Hockney, Kara Walker e Edgar Koetz, trazendo o desenho como obra de Arte. Contribuíram para a compreensão e elaboração do tema desta pesquisa alguns autores como: Rosa Iavelberg, Edith Derdyk e Betty Edwards. O trabalho mostra também o Projeto Educativo de Ensino que foi composto por aulas expositivas, dialogadas e práticas. Seu tema foi o mesmo do trabalho de pesquisa e teve como justificativa a importância de estudar a linguagem do desenho para o entendimento da Arte e seu contexto histórico, permitindo-se ir além de simples linhas rabiscadas e descobrindo-as como produção e manifestação artística. O Projeto Educativo de Ensino, foi primeiramente idealizado no Estágio I e foi sendo alterado durante a Prática de Ensino, devido às necessidades apresentadas principalmente pela realidade e preferências dos próprios alunos nos estágios seguintes. Com estas mudanças, o tema central desdobrou-se em novos eixos de análise apresentando uma reflexão do papel fundamental do professor de Artes nos dias de hoje. As Práticas de Ensino foram realizadas na Escola Estadual de Ensino Médio Setembrina, com a turma nº 64, de 6ª série do Ensino Fundamental, composta por 36 alunos, faixa etária entre 10 e 16 anos e com a turma nº 102, de 1º ano do Ensino Médio, composta por 27 alunos, faixa etária entre 14 e 17 anos. Ambas as turmas foram cedidas pela professora titular Dóris Wolff de Paris. O projeto de ensino foi desenvolvido em sete encontros semanais com a turma de Ensino Fundamental (14 aulas), que ocorreram do dia 31/08/10 ao dia 09/11/10 e doze encontros semanais com a turma de Ensino Médio (12 aulas), que ocorreram do dia 01/09/10 ao dia 24/11/10. A prática de ensino escolhida para fazer parte deste Trabalho de Curso foi a do Ensino Fundamental porque seu desenvolvimento foi mais difícil, mas ao mesmo tempo mais desafiador. Foi trabalhado com esta turma o artista contemporâneo Edgar Koetz como inspiração para as atividades a partir do quinto encontro, momento de grande significação para elaborar a conclusão deste Projeto. As considerações finais mostram as dificuldades encontradas, as superações de algumas delas e os resultados alcançados. 
Palavras-chave: Desenho. Arte. Educação. 
Para ler o trabalho na íntegra, acesse:
Para conhecer melhor o trabalho de David Hockney, acesse:



Entrega do TC... Algumas imagens que irão deixar saudades desse momento!
Minha capa!















Abraços e até p próximo post!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Que venha 2012! Feliz Ano Novo!



"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.... 
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... 
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... 
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... 
Um dia percebemos que o comum não nos atrai... 
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... 
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso... 
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim... 
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito... 
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras... 
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação." 

Mario Quintana

2012: Prepare-se para me receber e venha ser feliz comigo!



Abs e até o próximo post!